domingo, 1 de fevereiro de 2009

Como é possível, sem te conhecer, amar-te tanto?

Tudo começou há 30 semanas. Quando soube que chegastes. Senti um calafrio na espinha, não de susto, de alegria. A nossa amizade tem vindo a amadurecer, semana após semana, como se de uma fruta especial se trata-se. O meu receio de te magoar, faz com que te proteja como se fosses um tesouro. Sim, um grande tesouro, que se vai juntar ao grande tesouro que já tenho. Mais uma razão da minha existência, mais uma vontade para continuar esta difícil vida, dia a dia, os tesouros são a razão da nossa existência. Prometo-te que nada te vai faltar neste mundo, espero que simplesmente chegues para que regues os nossos corações de amor e alegria. Espero por ti Didi…

Só a chuva se ouvia...

Três e tal da manhã, o barulho da chuva a bater na janela do quarto, fez com que o meu sono acaba-se. Levantei-me e fui andar pela casa escura e silenciosa, só a chuva se ouvia. Quando cheguei a cozinha, deparei-me com o José, enrolado no tapete cor-de-laranja, roubado sorrateiramente ao André. De olhos pendurados, cheios de sono, só se desmarcava o seu focinho preto, só a chuva se ouvia. Fui ao terraço, olhei para a rua, mais parecia uma Vila fantasma. Não se via viva alma, simplesmente se ouvia um patinhar de um cão nos charcos, que de certeza procurava abrigo. Que noite medonha mas tão agradável. Não pude estar mais tempo as gotas, vindas do alem, começaram a molhar a minha roupa, sinceramente, estava-se bem, mas não podia ser mais… Voltei para dentro, afoguei-me num grande copo de água, fiz um carinho, ao José, e regressei, só a chuva se ouvia. Atravessei a sala escura, e voltei para o leito, aconcheguei as mantas e após várias voltas a pensar na noite assustadora e agradável, adormeci, só a chuva se ouvia.